Templários

                                                                 

 

Não é conhecida nenhuma evidência histórica que liguem os Cavaleiros Templários medievais e o Templarismo maçônico, nem as organizações Maçônicas de Cavaleiros Templários reivindicam qualquer ligação direta com a organização medieval original dos Templários.

A Ordem está aberta a Mestres Maçons que acreditem na Santíssima Trindade e que foram exaltados num Capítulo do Santo Arco Real.

O candidato deve ser regularmente proposto e apoiado em um Preceptório, e uma vez instalado (Iniciado), torna-se um Cavaleiro da Ordem do Templo.

História da Ordem dos Templários
A Ordem medieval original dos Cavaleiros Templários foi criada após a Primeira Cruzada, e existiu entre 1118 e 1312, para proteger os peregrinos que viajavam entre a Europa e a Terra Santa. Eles faziam voto de pobreza (que era raro para cavaleiros) e abasteciam-se de um cavalo, armadura e armas. Seu selo mostra dois cavaleiros em um cavalo para mostrar como eles eram pobres.

A Ordem se tornou uma instituição de caridade favorecendo toda a cristandade, e cresceu rapidamente em quantidade de membros e poder. Os Cavaleiros Templários, em seus característicos mantos brancos com uma cruz vermelha, estavam entre as mais qualificadas unidades de combate das Cruzadas. Devido à sua defesa desinteressada da Terra Santa e os seus votos monásticos, acumularam uma grande fortuna através de doações de seus benfeitores agradecidos. Uma vez que os cavaleiros tinham feito voto de pobreza, eles re-investiam o dinheiro e os membros não combatentes da Ordem conseguiram uma grande infra-estrutura econômica junto à cristandade, inovando com técnicas financeiras que eram uma forma inicial da atividade bancária, e construção de fortificações em toda a Europa e muitas na Terra Santa. Eles logo formaram um exército e uma frota de navios, bem como acumularam dinheiro em excesso.

A existência dos Templários era estreitamente ligada as Cruzadas, quando a Terra Santa foi perdida, o apoio da Ordem foi reduzida. Rumores sobre a cerimônia secreta de iniciação dos Templários criou desconfiança e o Rei Filipe IV de França, profundamente em dívida para com a Ordem, se aproveitou da situação. Em 1307, muitos dos membros da Ordem na França foram presos torturados para darem falsas confissões, e, em seguida, queimados na fogueira. Sob pressão do Rei Filipe o Papa Clemente V dissolveu a Ordem em 1312. O súbito desaparecimento de uma parte importante da infra-estrutura européia deu origem a especulações e lendas, que têm mantido o nome "Templário" vivo nos dias de hoje.

Em 2002, um documento conhecido como o "Pergaminho de Chinon" foi encontrado nos arquivos secretos do Vaticano. É um registro de 700 anos do julgamento dos Templários e mostra que o Papa Clemente V absolveu os Templários de todas as heresias em 1308 antes de formalmente dissolver a Ordem em 1312. Hoje a posição da Igreja Católica Romana é que a perseguição medieval dos Cavaleiros Templários foi injusta, que não havia nada de intrinsecamente errado com a Ordem ou a sua regra, e que o Papa Clemente foi pressionado em suas ações pela magnitude do escândalo público e dominando a influência do rei Filipe IV.

História Maçônica da Ordem do Templo

 
Os primeiros maçons especulativos foram, provavelmente, todos cristãos e isso era uma coisa natural. Embora as "Constituições" de 1723 e 1738 abrirem a porta da Maçonaria inglesa para "todos os homens bons e verdadeiros" que não são "ateus estúpidos", por volta de 1740, os Ritos Maçônicos Cristãos começaram a aparecer na França e, possivelmente, também na Inglaterra.

A maior parte desses ritos eram "cavalheirescos", e pelos vestígios de 1770, cerimônias dos Templários-Malta chegaram à Inglaterra. Estes foram originalmente trabalhados como um único grau, eventualmente em associação com outros com os quais estamos familiarizados hoje, e as cerimônias aconteciam em "Acampamentos" derivados de Capítulos do Arco Real no âmbito da Grande Loja dos 'Antigos'. Em 1791, provavelmente sete (há alguma dúvida sobre o número exato) destes Acampamentos se uniram para formar um Grande Conclave sob o governo de Thomas Dunckerley.

Após a união dos "Antigos" e os "Modernos" em 1813, o duque de Sussex se tornou o Grão Mestre, mas foi apenas após sua morte em 1843 que as Ordens floresceram com vigor renovado. Mais tarde os "Acampamentos" ficaram conhecidos como 'Preceptórios', e o 'Grande Conclave' mudou seu nome para "Grande Priorado", este último é, após a Grande Loja, a mais antiga autoridade maçônica estabelecida na Inglaterra. Ele preside mais de 600 Preceptórios na Inglaterra e no exterior, cada um dos quais (com exceção de 'Baldwyn' em Bristol e "Antiquity" em Bath) funciona com “ritual oficial”, e estão agrupados em 39 Priorados Provinciais.

 

No âmbito do Grande Oriente do Brasil funciona o GRANDE PRIORADO DO BRASIL – GOB cujo titulo completo é Unificadas Ordens Religiosas, Militares e Maçônicas do Templo e de São João de Jerusalém, Palestina, Rhodes e Malta do Brasil.
Hoje o Grão Mestre dos Templários é o Irmão Mário Sérgio Nunes da Costa, e o Senescal o Irmão Wagner Veneziani Costa. São Past Grãos Mestres Francis McCormick, Marcos José da Silva, Santiago Ansaldo de Aróstegui de Lerin y de Contreras e também o Irmão Manoel de Oliveira Leite. O Grande Priorado do Brasil parcipou em setembro de 2009 da Conferência Trienal dos Cavaleiros Templários que foi realizada em Winchester, antiga capital da Inglaterra. A Ordem tem tido franco progresso com a consagração de inúmeros Preceptórios pelo Brasil.